sexta-feira, agosto 14, 2009

Paraísos

(foto de ADM/ António)

No algarve, o meu algarve, ainda se encontram paraísos perdidos a beira-mar. Ainda se encontram pequenos locais sagrados, locais onde a mão humana ainda não chegou cega e sedenta de destruição.

Adoro esta terra e adoro os seus contrastes.

O que me prende aqui? Acho que é o cheiro, a cor.. É o azul do céu brilhante que se cruza com outros tons verde-água no horizonte.

É o pôr do sol pelas 22h ,no pico do verão, que se perde numa paleta de vermelhos, laranjas e amarelos, que formam cores que duram apenas segundos de sensações e, que perduram na memória em forma de fotografia.

É o verde agreste da serra, que se perde em vistas infinitas de cheiros arrepiantamente quentes e que invadem o corpo com a vontade de se perder por ali.

É o Algarve perdido no encontro de raízes de quem o visita e já não quer sair de lá.

Eu nasci por aqui e, sou dona de um sentimento de pertença a tudo isso. Estou longe, mas de cada vez que chego pela A2, abrando na chegada ao Algarve, abro a janela, para ser invadida pelos cheiro das plantas agrestes que teimam em cheirar. É o Algarve, no seu melhor, no seu sossego pleno de sensações.

Deixo aqui uma amostra daquilo que ando a ver, a viver e a sentir por aí..

Praia da Terra Estreita, conhecem? Não há adjectivos suficientes para qualificar este lugar, mas numa tentativa vã, vou tentar dizer o que por lá senti. A natureza, por aqui, continua intacta e protegida. Tem bandeira azul, como em muitas praias no sotavento algarvio, o acesso é por barco (de 10 em 10 min.). O sossego é a palavra-chave. Pouca gente. Água muito quente.. Mais? Deixo-vos um convite para lá irem. Não vão querer outra coisa.

(foto de Fitopaldi)(foto de allcolorshandmade)